Uma das citações mais ouvidas de Nelson Rodrigues diz que "toda garota bonita é um pouco a namorada lésbica de si mesma".
Nelson era um pervertido socialmente aceitável. Quanto tempo deve ter se dedicado á arte de observar o movimento perfeito dos redondos seios femininos!
Eles sobem, descem, se expandem e contraem, respiram e são tão lindos quando levemente ouriçados. Os seios têm vida própria, são um capítulo á parte no corpo da mulher.
Algumas vezes a primeira coisa que você vê numa menina são aqueles dois volumes, aquela saliência tão meticulosamente calculada em decote que, sendo grandes, pequenos, mínimos, não importa! Todos os seios são sexy.
Mas não é o seio nu que atrai, nus a geometria é sempre a mesma. Aquele lindo detalhe excitado no centro e uma áurea variante em volta.
O que salta aos olhos naqueles redondos perfeitos é a forma como interagem com tecido. A renda e a semi-transparência enlouquecedora, o sutien que segura e levanta e aperta, a delícia de roçar entre eles. O sutien de meia-taça com rendinha na ponta.
O tecido foi inventado apenas para fazer as mulheres mais bonitas e para que nós homens escondêssemos nosso corpo desengonçado e pudêssemos observá-las, lindas, em seus jogos de sedução.
Cool kid on the block
Hey fella, how ya doin?
Viva, tolo, viva!
Que é da vida que se faz escrita,
Que é da veia dela que se fazem versos,
Que é dela que provém o sangue.
Dance tolo, dance!
Como se não existisse mundo,
Como se não existisse feno,
Como se não houvesse dor.
Chore tolo, chore!
Que é da dor,
Da amarga dor,
Que se faz vida.
Ame tolo, ame!
Que o amor é a raiz de tudo,
Que é dele que se tem vida,
Que é dela que se fazem versos.
É do seu âmbito de viver que se fazem versos!
Escreva tolo, escreva!
Que é escrevendo que você se purifica,
Que é escrevendo que você se liberta,
Que você se exorciza.
Cala tolo, cala!
Cala e escreva sua maldita dor.
Expulsa seu maldito verso,
Ri da sua maldita sorte
Esta de viver.
(inspirado em "Teatro sem cor" de Fábio Góis)
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